Mente Sã, Vida Tranquila: Entenda o que é e como controlar a Ansiedade
- Dr José Luna
- 31 de ago. de 2023
- 4 min de leitura
A ansiedade é uma resposta emocional natural do corpo a situações percebidas como ameaçadoras ou desafiadoras. Ela envolve sentimentos de preocupação, nervosismo, medo e apreensão em relação a eventos futuros ou situações desconhecidas. É uma parte normal da vida e pode até mesmo ser útil em certas circunstâncias, ajudando-nos a ficar alerta e focados.
Quando a ansiedade passa a ser um problema?
A ansiedade passa a ser um problema quando começa a afetar negativamente a vida diária, causando sofrimento e interferindo nas atividades normais de uma pessoa.
Intensidade Excessiva: Sentir ansiedade em situações desafiadoras é normal, mas quando a intensidade da ansiedade é desproporcional à situação ou é experimentada em momentos em que não há motivo real para preocupação, pode ser um sinal de problema.
Persistência: Se os sentimentos ansiosos persistirem por um período prolongado, mesmo quando as circunstâncias mudam ou melhoram, isso pode ser indicativo de um problema. A ansiedade crônica que dura semanas, meses ou mais pode requerer atenção.
Interferência nas Atividades Diárias: Quando começa a atrapalhar suas atividades diárias, como o desempenho no trabalho, nas relações sociais, nos estudos ou em outras áreas importantes da vida, é um sinal claro de que pode ser um problema.
Sintomas Físicos: Se a ansiedade vem acompanhada por sintomas físicos severos, como palpitações, tremores, náuseas, sudorese excessiva e falta de ar, isso pode indicar um nível mais elevado de ansiedade que merece atenção.
Preocupações Irracionais: Quando as preocupações se tornam irracionais ou difíceis de controlar, e você se encontra constantemente antecipando cenários negativos ou catástrofes improváveis, isso pode ser um sinal de um problema de ansiedade.
Isolamento e Evitação: Se a ansiedade leva você a evitar situações, lugares ou pessoas que desencadeiam os sentimentos de ansiedade, isso pode limitar sua vida e indicar a necessidade de intervenção.
Impacto na Saúde Mental e Física: A ansiedade não tratada pode levar a problemas de saúde mental mais graves, como depressão, e também pode ter impactos físicos, como distúrbios do sono, problemas gastrointestinais e outros sintomas relacionados ao estresse.
Como é feito o diagnóstico de ansiedade?
O diagnóstico de ansiedade é geralmente realizado por um profissional de saúde mental, como um psicólogo, psiquiatra ou médico clínico, por meio de uma avaliação cuidadosa dos sintomas e da história do paciente.
É realizado uma anamnese detalhada do paciente afim de compreender os sintomas, experiências com a enfermidade, histórico médico e pessoal ajudando a determinar a gravidade do quadro.
A DSM-5, uma referência amplamente utilizada na área da psicologia e psiquiatria para a classificação de transtornos mentais, oferece uma definição técnica e padronizada da ansiedade. Mas será que somente ela é capaz de diagnosticar precisamente um quadro ansioso?
De acordo com a DSM-5, a ansiedade é caracterizada por uma sensação de apreensão ou medo intenso, frequentemente acompanhada por sintomas como palpitações, sudorese, tremores e dificuldade de concentração. Essa definição destaca que a ansiedade pode se manifestar como um transtorno mental, como transtorno de ansiedade generalizada, transtorno do pânico, fobias ou transtorno de estresse pós-traumático. A DSM-5 estabelece critérios específicos para o diagnóstico desses transtornos, considerando a intensidade e a duração dos sintomas.
Apesar de ser uma ferramenta útil, a DSM-5 não é a única ferramenta capaz de diagnosticar um quadro ansioso.
Qual a cura da ansiedade?
O primeiro passo para compreender a cura da ansiedade é reconhecer que se trata de um processo individual e multifacetado. Não existe uma única solução que sirva para todos, mas existem abordagens eficazes que podem ser adaptadas às necessidades de cada pessoa.
Um aspecto importante a considerar é que a cura não significa necessariamente eliminar completamente a ansiedade, mas sim aprender a gerenciá-la de maneira saudável e funcional.
É vital compreender que a cura não acontece da noite para o dia. Requer paciência, persistência e aceitação de que haverá altos e baixos ao longo do percurso.
O acompanhamento regular com um médico permite ajustar o plano de tratamento conforme necessário, monitorando o progresso e realizando mudanças conforme a evolução do paciente.
Medicamentos: Em alguns casos, a prescrição de medicamentos pode ser apropriada para reduzir os sintomas de ansiedade. Os fármacos mais comuns para tratar a ansiedade incluem antidepressivos e ansiolíticos. Eles podem ajudar a regular os níveis de neurotransmissores no cérebro, aliviando os sintomas.
Estilo de vida: Isso inclui manter uma dieta equilibrada, rica em nutrientes, praticar exercícios regulares e garantir um sono adequado. O corpo bem cuidado está mais apto a lidar com o estresse e a ansiedade.
Desenvolver habilidades de autocuidado: Isso pode envolver a identificação de padrões de pensamento negativos e a substituição por pensamentos mais realistas e positivos.
Um médico especialista em saúde mental pode te ajudar!
Você não está sozinho na luta contra a ansiedade. Se você tem experimentado sintomas de preocupação excessiva, palpitações, insônia ou qualquer outro sinal de ansiedade, saiba que há ajuda disponível para você. Não deixe que a ansiedade limite sua qualidade de vida ou o impeça de aproveitar cada momento.
Lembre-se de que a ansiedade não precisa controlar você. Com a orientação certa, você pode aprender a gerenciar seus sentimentos e retomar o controle de sua vida. Não espere mais – agende sua consulta hoje e dê o primeiro passo em direção a uma vida mais calma, equilibrada e cheia de possibilidades.
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